Porque há um infinito cá dentro, que não me cabe às vezes... Por isso escrevo, ideias, sentimentos, palavras sem sentido também... Eu no mundo, o mundo em mim, sempre de olhos e coração nas Estrelas, porque é de lá que venho, e é para lá que voltarei!
sábado, 28 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Amor intemporal
E no momento em que os seus olhos se olham finalmente, cessa
a ilusão de que o tempo corre, porque tudo pára na verdade. E calam-se as
vozes, e abrem-se os sorrisos, e dão-se os braços num abraço, e reconhecem-se
sem qualquer dúvida, ainda que nunca se tenham visto, e bate o coração como se
saltasse do peito, e respiram fundo porque finalmente estão juntos.
E não há nada para além dele e dela, naquele olhar que não
se cansa de olhar, naquelas mãos que não se cansam de tocar, de se conhecer e
se reencontrar. E não há nada mais que queiram, nem desejem, além de ficar assim, um no outro, na surpresa e no êxtase, no calor e na alegria, de saberem que tudo
faz sentido assim, e que não poderia ser de outra maneira.
Não há leis nem regras, neste planeta ou noutros, que os
prendam de viver aquilo que sentem. São puros, são crianças, são adultos livres
para quem só o Amor faz sentido, e só faz sentido se for com Amor.
E do tempo em que se juntam, fazem festa, constroem estradas
e pontes, que os levam para dentro deles, para dentro um do outro. Descobrem-se
e conhecem-se, como crianças curiosas a explorar um mundo novo.
E depois de tantas lágrimas que já choraram, ao longo de
vidas e vidas, desvelam as marcas, deixadas pelos enganos e pelas ilusões, partilham
histórias, e contam segredos, e curam-se, e deixam-se ser curados, e escolhem
mais uma vez acreditar, de peito aberto, e alma exposta, entontecidos e felizes,
pela força daquilo que sentem, pela força do AMOR.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
E no meu coração há um rio, que de repente começa a correr
desalmado, pelas encostas e montanhas do meu ser.
E onde havia águas serenas, há agora o tumulto e a pressa de
chegar à foz.
Não é um rio ansioso, nem tão pouco violento, é um rio feliz
e enérgico, que aceita os ritmos da vida, que flui com eles, que se
entrega. Um rio que sabe quando deve ser calma e quando deve ser entusiasmo,
que sabe quando deve acolher os outros, e quando deve ir ao seu encontro, um rio
que sabe tornar-se mar quando é chamado a chegar mais longe.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Agradeço
Agradeço...
Por todas as flores que nascem na minhas Primaveras, e que eu contemplo, e partilho, e cuido.
Por todas as flores que se desfolharam no meu regaço, agredidas pelas tempestades dos meus Invernos.
Por todas as flores que me ofereceram, sem que eu esperasse, sem que eu pedisse, sem que eu quisesse.
Por todas as flores cujo aroma fugaz e leve, me extasiam e me libertam, por segundos, ou por toda a eternidade.
Por todas as flores que nunca o chegaram a ser, porque eu as matei, porque eu as cortei, eliminei, arranquei, do meu solo fértil e sedento, mas medroso e fugidio.
Por todas as flores com espinhos, onde me corto e sangro, mas também me regenero e cresço.
Por todas as flores que ainda irão nascer, e cujas sementes eu planto com Amor e Silêncio.
Agradeço...
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