Porque há um infinito cá dentro, que não me cabe às vezes... Por isso escrevo, ideias, sentimentos, palavras sem sentido também...
Eu no mundo, o mundo em mim, sempre de olhos e coração nas Estrelas, porque é de lá que venho, e é para lá que voltarei!
quinta-feira, 30 de junho de 2016
Às vezes a música faz-me navegar nas profundas águas do meu
ser. Faz-me aceder a territórios desconhecidos, inóspitos às vezes, sombrios,
húmidos, ansiosos por serem iluminados e aquecidos.
Às vezes a música carrega-me nos braços, envolve-me,
aconchega-me, e leva-me mais longe. Às vezes choro, outras sorrio, outras fico apenas
a balançar-me ao saber das notas. É tanto aquilo que não sei explicar…
sexta-feira, 1 de abril de 2016
E às vezes tudo me sai à força, com um esforço que não consigo quantificar, para conseguir chegar a algum lado.
Há dias contaminados pelo sabor da contrariedade. Dias que se aceleram contra o meu passo parado, dias que me atropelam e me esmagam sem piedade.
E às vezes as palavras saem ásperas, e queimam e doem naqueles que as recebem. Há dias em que as palavras dos outros ferem os meus ouvidos, que só querem o silêncio do mar, e dos pássaros, e o assobiar livre do vento nas folhas das árvores.
Há dias atrás das grades, em que a minha imaginação se aprisiona e se contraí, e em que respondo a tudo sem um sorriso feliz, obrigando o meu coração a fechar-se neste sentir que se consome, cansado e desgastado, pela realidade não desejada.
E às vezes penso, quanto tempo mais? Quantos dias mais? Quantas vezes mais, vou obrigar o meu coração a viver nesta violência calada e consentida? Quanto tempo mais?
sexta-feira, 4 de março de 2016
Vem, esquece as palavras, os pensamentos, as explicações. Vem só sentir. O sentimento cá dentro é tão maior, do que as palavras que tentamos usar para o definir. TÃO MAIOR
Apaixonar-me - capacidade de me encantar, de sorrir, de me abrir sem reservas, e de me surpreender com o brilho do meu olhar. Admirar e reconhecer no outro e na vida, as virtudes e a beleza, para além de tudo o resto.
Entusiasmo que nasce do coração. Capacidade de ser criança novamente, e por isso, viver e sentir com frescura, inocência e espontaneidade.
Encantar-me - capacidade de me surpreender com um sorriso nos lábios, quando te olho, quando te oiço, quando te toco... Vontade de saltitar e bater palmas de alegria, quando a Vida se mostra, e eu a recebo de coração limpo e aberto.
In Dicionário do Amor, Anna Guerreira das Estrelas. :-)
Recolho à floresta encantada que me habita por dentro.
Lá fora o cenário é o mesmo de todos os dias,
Cá dentro a riqueza é tanta, que cada dia é novo, e cada noite plena de descobertas.
Na floresta encantada que me habita por dentro, a vida pulsa livre e feliz.
E descanso agora.
Largo o que foi.
Choro as últimas lágrimas, antes de repousar debaixo da grande árvore.
Deito-me sobre as suas raízes, e adormeço em posição fetal,
embalada pela Grande Mãe, que nunca deixa nenhum filho sem consolo.
Na floresta encantada que me habita por dentro sou sempre Eu, e nunca me esqueço que Eu sou Eterna e tudo o resto é transitório.
Cá dentro... Tudo faz sentido! Há Luz!
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
Sabemos que a queda pode ser dolorosa porque já caímos muitas
vezes no vale profundo, onde as lágrimas nos consumiram e onde julgámos não
haver saída. E ainda assim, carregando em nós as marcas de cada uma dessas
quedas, caminhamos à beira da falésia que dá para o mar imenso de sentimentos.
O mar atrai-nos, os sentimentos são muito fortes e impulsionam a entrega,
impelem a continuar. Sim, sabemos que apenas um passo à frente, há o
desconhecido, e nesse espaço todas as possibilidades estão em aberto, mas
escolhemos caminhar assim mesmo, sem arnês, e às vezes quase de olhos fechados.
Porque com eles fechados, sente-se melhor o vento, respira-se mais a brisa,
encontra-se melhor o coração do outro. E tudo vale a pena, quando dois corações
se encontram com esta disponibilidade, para percorrer o caminho à beira da
falésia que dá para o mar… De mãos dadas!
O dia termina e encerra com ele, tudo o que já foi. Nada mais há a reter a não ser alguma aprendizagem, alguma emoção forte que ainda permaneça para ser olhada e integrada, Vivemos, sentimos, fomos... Agora tudo se conclui, e nos convida a entrarmos em nós, a pousar a mochila, as armas, as máscaras, e a descansar. Por fim, descansar...
Que sejam leves os nossos fardos, que sejam cada vez menos as nossas máscaras, e que seja cada vez maior a Gratidão com que encerramos cada dia. <3 Grata por este, por cada momento, por cada respiração, e principalmente grata pelo Amor que a cada instante entrego e recebo. <3
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
Caminho sempre até ao caos, até à confusão máxima, até todas
as minhas células, não suportarem mais determinado registo vivencial, e depois,
dessa contorção que às vezes magoa cada parte do meu ser, nasce a solução, a
luz para o caminho antes aparentemente nublado e cinzento. E da agitação às vezes
quase insuportável, nasce a paz. E avanço.
Os grandes passos na minha vida, as
grandes aprendizagens sempre foram assim. Uma queda vertiginosa na crise, a
incompatibilidade aguda com as estruturas existentes, a ausência de rumo, o
desnorte, a saturação, e depois a explosão de luz que traz a solução. E depois…
O voo planado, de onde observo o todo cá em baixo, e a certeza de que cada
lágrima, cada medo, cada dúvida, cada momento de desespero, me conduziram à paz
que agora me habita. E avanço.
Grata pelo caos, que cria a ordem e a evolução!
terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
Há momentos deste nosso percurso terreno, em que o grande desafio é a entrega, é não resistir aquilo que a vida nos está a mostrar, parar de negar os alertas e sinais, parar de lutar contra a corrente, Parar de lutar... E quando o cansaço começa a tomar conta de nós, percebermos que só o sentimos, porque negamos aquilo que o nosso coração já sabe há tanto tempo. Quando seguimos o nosso coração, não há desgaste, há sintonia, há um fluir continuo, há uma alegria de fundo, há um contentamento do ser. Entrego... Me... Nos braços do Pai e da Mãe, e confio que nada me faltará! heart emoticon
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
Os pés descalços pisam a terra, e caminham
firmemente como se soubessem para onde ir, sozinhos, sem comando. Ela está
perdida, mas algo a conduz a mover-se com segurança e rapidez.
Ouvidos à escuta, sensíveis. Não há nenhum som
que não lhes chegue. A lua brilha em quarto crescente e permite que os caminhos
por debaixo das árvores, sejam tenuemente iluminados.
E ela caminha, sempre alerta, mas com calma e
atenção. Sabe que vai chegar a algum lado, apesar de não saber como, nem
quando. Está perdida!
A pele de lobo que traz em cima das costas,
aquece-a, e mantem a sua mente focada. Tal como o lobo que andou consigo
durante anos, ela observa antes de avançar, e procura a sua matilha, para que
possa sobreviver. Sozinha não conseguirá durante muito mais tempos, ela sabe,
mas acredita que conseguirá alcançar os outros muito em breve.
Ela às vezes fica assim, meio parada, e às vezes até fecha
os olhos, e às vezes até respira mais fundo, e às vezes até se toca para ver se
realmente está ali… Para ter a certeza que tudo o que está a viver, é real.
É que nem nos momentos de maiores devaneios, em que sonhou e
idealizou o que era para ela, a relação de amor que lhe “enchia as medidas”,
ela conseguiu imaginar tudo o que vive agora.
Em nenhum desses sonhos, ela sentiu o calor, a ternura, o
amor, a segurança, o fogo, o aconchego, o poder, daquele abraço.
Em nenhum desses sonhos ela viu a doçura, a força, a pureza,
a transparência, a calma, a água límpida e cristalina, daquele olhar.
Em nenhum desses sonhos ela imaginou, o sabor e o toque
quente e excitante, do corpo daquele homem.
Em nenhum desses sonhos ela imaginou toda a profundidade,
toda a luz, toda a beleza, toda a paleta de cores interiores daquele ser, que
ela ama.
Em nenhum desses sonhos, ela sentiu o que era ser amada
daquela forma tão forte, tão pura, tão natural, tão livre e tão intensa.
É que os sonhos
podem ser muito belos, mas nada se compara ao arrepio da pele, ao bater forte
do coração, às lágrimas de felicidade nos momentos de maior emoção... Isso ninguém consegue saber ao que sabe, até provar! J
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Às vezes assusta quando sentimos
que tudo é possível. Assusta, porque passámos tanto tempo da nossa vida, a
viver com limitações, desencontros, dificuldades, a não conseguir aquilo que
sonhámos tantas vezes, que quando sentimos que algo que vivemos agora, traz em
si sementes de possibilidades infinitas, assustamo-nos.
Como se já não soubéssemos viver
com tanto, como se já nos tivéssemos convencido a ter menos do que o infinito
que merecemos. Como se não pudéssemos, como se não fosse real.
E depois respiramos, e sabemos no
calor sereno do nosso coração que sim, que assim é que está certo, e que
merecemos o melhor, porque para isso nos trabalhamos, para isso nos desafiamos,
para isso aceitamos a missão desta vida, de sermos cada dia melhores Seres
Humanos.
E então respiramos, e sabemos no
calor sereno do nosso coração que sim, que tudo é possível desta vez, e que o
medo, faz parte de darmos grandes passos rumo ao desconhecido. Sem medo, como
saberíamos o que é ter coragem? E no fim de tudo, o que floresceria afinal em
nós, se continuássemos apenas a caminhar na estrada segura e familiar de sempre?!
Às vezes sentimos que tudo é
possível, e nesse momento damos o passo em frente, e saltamos sem rede, com o
nosso coração em festa, confiante e entusiasmado como nunca.
O que importa, é o Amor com que vivemos, e são as coisas simples, os sorrisos sinceros, os olhares que falam, os abraços sentidos, os momentos intensamente vividos, as sintonias e cumplicidades, a harmonia... E uma certeza no peito de estar tudo tão certo assim, que não podia ser melhor do que é. Não podia... :-) <3smile emoticonheart emotic