quinta-feira, 3 de julho de 2014

E quando tudo se quer calar em mim, só quero ser mar e céu.
E deixar transbordar cá dentro, as lágrimas e os risos, calados no correr dos dias. Deixar que se inunde o coração, com a água das emoções, contidas no passar das horas. Deixar que se esgote, o fogo das paixões não vividas e escondidas, sentidas e choradas em silêncio.
E quando tudo se quer calar em mim, quero apenas existir. Só assim… Sem esforço e sem querer, sem limites nem prisões, sem que me vejam, sem que me queiram, sem que me falem ao ouvido, sem que me oiçam.
E quando tudo se quer calar em mim, fico assim parada. Sentindo-me e imaginando-me, a fluir livre como o mar, sendo infinita como o céu.