terça-feira, 17 de março de 2015


Acordo e espreguiço-me, respiro e sinto o meu corpo descontraído. Lá fora a chuva caí e faz esquecer um pouco o ímpeto, que antes dominavam o ar à minha volta. Estou profundamente em mim, e tu que estás longe, estás tão dentro, tão colado a mim, dançando com a minha Alma ao som desta melodia de Silêncio. Ouves? É cá dentro… É aí dentro…
E o amor devolve-me à inocência de outrora, faz a ponte entre aquela que fui, e aquela em que me tornei,  depois de viver e sofrer, depois de nascer de novo. Esse Amor que transborda de mim, que inunda o meu coração, a minha aura, e que se manifesta em tudo o que sou, digo, faço e toco.  
E preenchida que estou, por ser quem Sou, por ser tanta Luz e por senti-la, e por este Amor sem barreiras, irradio naturalmente, e sem querer nada mais a não ser estar Aqui, e Agora.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Impermanência

É tão fácil, nos identificarmos com a felicidade que nos chega de fora. É tão fácil nos agarrarmos a ela, como a uma bóia salva vidas, esquecendo a dor que nos marcou o peito a ferro e fogo. E no momento em que o fazemos, já estamos a sair de nós, e a colocar no/s outro/s a responsabilidade em continuar a alimentar essa fonte de alegria.
Identificarmo-nos com a felicidade atrasa-nos tanto, no nosso caminho do Amor, quanto nos identificarmos com a tristeza. Tudo são estados. Emoções. Tudo passa. E quando passa, que fazer? O que resta?  Se nos deixarmos devastar, seja pela dor, seja pela felicidade, o que restará para nos acolher, quando tudo terminar?

Viver intensamente o que quer que a vida nos apresente, sabendo sempre, que tudo é efémero, e que tudo sem excepção, contém em si o seu oposto, yin e yang, luz e sombra, alegria e tristeza, mantendo-nos alerta para quem realmente somos. Mantendo-nos Presentes, Conscientes, recolhendo-nos ao Silêncio, falando, escutando e dando espaço ao nosso Ser Interno, seja o que for que nos estimule do exterior. Sendo sempre nós a nossa própria fonte energética, não indo buscar aos outros, aquilo que somos capazes de criar e dispensar a nós mesmos.