quinta-feira, 23 de julho de 2015


Saber o que eu preciso para ficar bem. Saber o que me conforta, equilibra e anima, saber o que é importante para que não me perca, e mesmo que me sinta perdida, saber sempre onde guardo o mapa (cá dentro, do peito!).
Saber cuidar do meu corpo e fazê-lo feliz. Saber aninhar o meu coração quando ele se sente sozinho, saber dar-lhe espaço quando ele se quer expandir e sair por aí, a Amar. Saber dar colo à minha criança, quando ela chora e faz birras, ou quando ela pede com os olhinhos brilhantes, para eu lhe dar mais um pouco de atenção.
Saber quem sou, cada vez melhor, saber os meus limites e respeitá-los, ou quebrá-los todos de uma só vez mas por minha vontade. Saber onde quero, posso e me apetece estar, e vice-versa. Saber quem quero, e me apetece, na minha vida e vice-versa.
Saber que sou Única, Inteira, Completa, e que sou a única responsável por estar e me manter Feliz, Completa e Inteira. Saber que sou a única a quem posso pedir contas sobre mim mesma, e a primeira a quem pedir mais carinho, mais amor, mais tolerância, mais compreensão.
Saber ouvir-me por dentro, tão fundo, que nada me fique por dizer e ouvir.
Saber que os outros são preciosos na minha vida, mas que nunca “servirão” ou se ajustarão, aos meus vazios ou carências, que eu própria não consiga tapar ou nutrir.
Saber…Ir aprendendo… E cada vez mais, viver assim! Grata por isso! <3

terça-feira, 21 de julho de 2015


" Não te preocupes em explicar emoções. Vive tudo intensamente e guarda o que sentiste como uma dádiva de Deus."

Paulo Coelho - Brida

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Intensidade

Não há nada melhor do que me encontrar frente a frente, com o brilho dos meus olhos. Brilho de felicidade, de alegria, de entusiasmo pela vida, por mim, por Ser, por estar. Não brilhariam se vivesse assim assim, se gostasse mais ou menos, e se estivesse só por estar.
Por isso, ainda que depois algo se quebre, ou se acabe, não posso viver de outra maneira, que não seja esta forma intensa de me dar, ao que me arrebata, ao que me faz vibrar, ao que me encanta, ao que me deslumbra, ao que me faz sorrir e querer, ao que me emociona e enternece.
E não se chega à montanha mais alta do Amor e da Alegria, sem se caminhar nos vales profundos da tristeza e da dor, por isso subo ou desço, rio ou choro, sabendo que tudo faz parte desta condição maravilhosa de sermos humanos, que sentem.
Livre para sentir! Livre para Ser! Livre para Amar! Livre...


segunda-feira, 13 de julho de 2015

Silêncio

Gratidão... Porque cada vez encontro mais recursos internos, para me elevar, animar, nutrir, equilibrar, amar, e porque por isso, procuro cada vez menos nos outros, aquilo que só eu posso dar a mim mesma.
Usando a expressão de um astrólogo que muito admiro (Nuno Michaels), cada vez procuro menos em casa alheia, aquilo que só na minha casa interior posso encontrar. Porque quando somos sem abrigo de nós mesmo, e por muito que procuremos, nunca estaremos bem em casa nenhuma. e aqui entenda-se casa, como o nosso espaço interior, o nosso solo sagrado, o nosso templo interior.
Estes têm sido anos de muita aprendizagem, e sinto-me abençoada por isso. Não têm sido no entanto anos fáceis. Momentos de tristeza e desespero, revelações dolorosas e intensas sobre mim mesma e sobre os outros, momentos de solidão e desencontros... Mas são cada vez mais raros, quase inexistentes, os momentos em que me sinto perdida ou vazia, como se sentia frequentemente a Ana de outrora.  :)
É como se algo dentro de mim tivesse despertado, e não mais tivesse voltado a adormecer. Uma noção de sentido, de pertença a algo maior, uma certeza de Eternidade e Infinito dentro de mim. Acho que encontrei Deus, seja lá o que Deus for. E encontrei-o no Silêncio. No Silêncio que despertei, depois de trilhar muito caminho de pedras.
Sim, foi no Silêncio que lentamente foi preenchendo o meu ser, que fui abraçada, acolhida, recebida, por este sentimento inominável, para esta dimensão indescritível a que muitos devem chamar Deus. E mesmo agora que tento escrever sobre isso, faltam-me as palavras e sobram-me as lágrima que rolam no meu rosto. Lágrimas de fogo. De um fogo amoroso e abençoado que aquece o meu peito e me envolve.
E o silêncio... O de dentro, ainda que o de fora raramente se faça sentir. O Silêncio, esse porto seguro, essa certeza de encontro, comigo mesma, e com essa dimensão de mim em que não sou eu, esse chegar a casa. O Silêncio que me embala, que me abençoa, que me faz sentir grata, que me faz sentir a felicidade que nada, neste mundo humano, consegue substituir.