terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Liberdade

Há momentos sem palavras… 
Às vezes fico só a sentir, a respirar o momento, a Ser... Profundamente em mim, e por isso profundamente contigo e em ti. Porque só estando em mim, estou em ti. Porque só estando em mim, sinto a União com tudo o que é vivo, só estando em mim sinto a Unidade, a não separação de tudo o que existe, e logo de ti. <3
E como é maravilhoso que esses silêncios sejam aceites com Amor, entendidos, sentidos, partilhados, e não seja exigido nada mais do que aquilo que É, em cada instante.


Liberdade… Liberdade de Ser, Liberdade do Ser, Liberdade de Sermos! J
Amor...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Retrato Ardente


Entre os teus lábios 
é que a loucura acode 
desce à garganta, 
invade a água. 

No teu peito 
é que o pólen do fogo 
se junta à nascente, 
alastra na sombra. 

Nos teus flancos 
é que a fonte começa 
a ser rio de abelhas, 
rumor de tigre. 

Da cintura aos joelhos 
é que a areia queima, 
o sol é secreto, 
cego o silêncio. 

Deita-te comigo. 
Ilumina meus vidros. 
Entre lábios e lábios 
toda a música é minha. 

Eugénio de Andrade, in "Obscuro Domínio"

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Deixar Fluir

"Em muitos seres existe hoje uma urgência, uma necessidade existencial de corrigir o mundo, de sarar as feridas de uma civilização esquecida de si mesma, distante dos propósitos maiores que a ela estavam destinados. Uma urgência que se torna cada vez mais presente em todos aqueles que assumiram um compromisso para com a humanidade. O compromisso de caminhar de coração aberto diante do olhar cego daqueles que só acreditam naquilo em que podem tocar, mostrando que esse tocar é mais profundo, mais vasto; que tocar com o coração é sentir a unidade de todas as coisas na força transmutadora dessa energia maior a que chamamos AMOR.
Mas essa urgência deixa-nos inquietos, confusos quanto ao caminho a percorrer. Como poderemos ter a certeza de que caminhamos pelos trilhos do nosso destino? Que todas as experiências vividas nos conduzirão ao momento certo, à tarefa exacta, ao lugar que nos corresponde num Plano Maior do qual somos um elemento essencial? A resposta é simples e resume-se, tal como se de um mantra se tratasse, na seguinte frase: “Deixar Fluir”. O efeito destas palavras deveria ser mágico para todos nós, trazendo, com o simples acto de as pronunciar, a PAZ.
Se hoje estamos no lugar onde nos percebemos, se por caminhos misteriosos nos foi dado encontrar pessoas importantes para o nosso processo tridimensional, viver situações inesperadas e regeneradoras de energias estagnadas em nós, é porque foi esse mesmo fluir que nos levou até lá. Nenhum estratagema mental, nenhum plano por mais elaborado que seja, nos levará ao destino que nos compete cumprir, pois, se assim fosse, essa condução estaria nas mãos da personalidade e não da Alma.
A personalidade é como uma pessoa perdida dentro de um labirinto que ela julga conhecer ao pormenor e onde, para seu próprio desespero, se disso tiver consciência, repete constantemente os mesmos erros, passando pelos mesmos lugares, tropeçando nos mesmos obstáculos, batendo infindáveis vezes com a cabeça nos mesmos becos sem saída, numa encenação dolorosamente repetida na ilusão de quem julga saber por onde caminha. Pois não sabe! Quando mais a personalidade procura, mais perdida fica nesse emaranhar de corredores. Apenas quando ela parar de procurar e entregar essa condução à Alma que, por cima do labirinto, vê todos os caminhos, é que, finalmente, num doce fluir de quem é conduzido por mãos mais sábias, ela encontrará o trilho do seu destino.
Não foi esse fluir sem aparente rumo que, tal como folha sobre as águas de um rio, nos conduziu ao lugar onde nos encontramos? Não deveríamos, uma vez mais, confiar nessas mãos sábias que sabem exactamente a tarefa que nos está destinada cumprir; o espaço e o tempo certo de uma vivência contínua no olhar de quem antes mesmo de encarnar tudo pôde testemunhar de um caminho por si predestinado e escolhido? Porquê a ansiedade, então? Porquê a dúvida e a incerteza que tantas vezes se instalam? Não caminhamos pelo trilho de uma existência dedicada a Deus, de uma missão de quem se propôs ajudar a humanidade nestes tempos difíceis? Se tudo entregarmos ao Alto, o que recear? Não somos todos nós auto-convocados numa tarefa que assumimos diante dos nossos Irmãos Maiores, propondo-nos ajudar na elevação daqueles que compartilham este planeta connosco? Repitam, pois, comigo, esta simples frase: “Deixar Fluir”. Deixar que a corrente desse imenso rio nos conduza à enseada do destino que nos compete cumprir, sem desejar alcançar nenhuma das margens, pois, se o fizermos, a estas ficaremos presos; estagnados nos charcos pantanosos de onde dificilmente sairemos.
“Deixar Fluir” não é inércia, mas prontidão. E não é inércia porque sabemos que uma mão maior nos conduz. “Deixar Fluir” é como um bombeiro no quartel, pronto a correr a qualquer eventualidade se a sirene tocar mas que, enquanto espera, simplesmente deixa que o tempo corra docemente, na tranquilidade de quem sabe que está ao serviço de uma causa maior. Se assim não fosse, e ele deixasse o quartel por não ter suportado o silêncio e a espera, seguindo outros caminhos, a sirene tocaria e ele não estaria pronto para actuar. Mas se ficar no quartel, mesmo sem saber da tarefa que lhe corresponde desempenhar, quando a sirene tocar ele estará pronto e tudo largará para cumprir o seu destino, pois sabe que essa é a sua única função.
Enquanto espera, no entanto, as suas únicas palavras são: “Deixar Fluir”. E este é o caminho directo para a PAZ"
http://www.pedroelias.org/artigos/item/11-deixar-fluir

Mergulho no teu mar

Mergulho no teu olhar de mar. 
Viajo pelas estrelas, 
e num momento o tempo pára
suspendo-me no ar… 
Apenas respiro, 
apenas te/me vejo reflectidos na transparência do teu olhar, 
pleno de Pureza e Amor, de doçura e calor, 
e que me abraça e me envolve numa energia que me eleva, 
e me faz chegar mais longe e mais perto, 
da Eternidade.

<3

domingo, 6 de dezembro de 2015

Estrela


E quando uma estrela nos cai nos braços? Abrimo-los sem reservas, e partilhamos a sua e a nossa Luz, com todo o Amor, com todo o espanto, com toda a alegria, com todo o ser, como quando se acende a primeira estrela da noite. <3 
... e sinto que muitos dos caminhos que percorri, me ensinaram a chegar a este céu. <3

quinta-feira, 26 de novembro de 2015


E a calma retira-se, deixando em nós o excitante gosto da antecipação, os sentidos despertos, as emoções à flor da pele, a pele que pede mais pele, os lábios que se calam e que pedem mais beijos, os beijos que pedem mais tempo, o tempo que se desfruta como se fossem escassos segundos, como se fosse ser assim, por toda a eternidade.
E a calma esvai-se por entre suspiros, e corações descompassados, e o equilíbrio da vida mantém-se como se pode, neste jogo do arame em que tentamos não nos perder, mas nos sabemos já perdidos no mar de sentimentos, que se recebem e oferecem. Perdidos que somos momentaneamente, para nos encontrarmos novamente num outro espaço interno, já um pouco esquecido.

E quando a calma voltar lentamente aos nossos corpos, seremos mais, estaremos mais dentro de nós e um do outro, estaremos unidos ao Amor Divino como nunca, porque é através dos delicados fios do amor humano que se tecem no Verdadeiro Fogo do Coração, que nos tornamos Deuses.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015


"Sigo a vida conforme o roteiro, sou quase normal por fora, pra ninguém desconfiar. Mas por dentro eu deliro e questiono. Não quero uma vida pequena, um amor pequeno, um alegria que caiba dentro da bolsa. Eu quero mais que isso. Quero o que não vejo. Quero o que não entendo. Quero muito e quero sem fim. Não cresci pra viver mais ou menos, nasci com dois pares de asas, vou aonde eu me levar. Por isso, não me venha com superfícies, nada raso me satisfaz. Eu quero é o mergulho. Entrar de roupa e tudo no infinito que é a vida. E rezar – se ainda acreditar – pra sair ainda bem melhor do outro lado de lá."

sábado, 21 de novembro de 2015

Como a primeira vez! :)


Já percorremos quilómetros, por caminhos que às vezes nem se viam, por muito que olhássemos. Já vivemos um pouco de tudo para chegarmos aqui, onde estamos hoje.
Já acreditamos tanto, para depois percebermos que afinal tudo era tão diferente, e tão longe do sitio onde gostaríamos de estar. Já nos demos tanto, para depois percebermos que tínhamos que sair de cena, e guardar o tanto que ainda havia para dar, sem sabermos às vezes muito bem onde. Já fomos de peito aberto, receber o embate que tanto doeu e fez chorar.

Mas a verdade é que depois do tanto que já caminhamos, continuamos a colocar a mochila aos ombros, apenas com o básico, para garantirmos que não nos esquecemos de quem somos, e voltamos uma e outra vez a ir. sem saber o caminho, sem saber como ir, sem saber sequer se vamos chegar. Mas vamos. No olhar o brilho da esperança, do entusiasmo, do Amor, no coração a Alegria de criança, que vê tudo uma e outra vez, como se fosse a primeira.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Intromissão




Há dias de confusão, em que à volta tudo se agita, e tudo se contorce em caos. Há dias em que me sinto inadaptada a viver no meio de tudo isto. Não consigo pensar claramente, não estou confortável, o meu corpo exige-me distância, o meu coração contrai-se. Há dias de tanto ruído, em que só quero chegar ao quente e ao silêncio de qualquer sitio, menos este. Este, onde as luzes ferem a vista, onde os sons agridem os ouvidos, onde as vozes são irritadas e ressentidas, onde o pó paira no ar, onde nada está criado para a Harmonia e a Paz.
Há dia sem que só quero sair daqui, como se fosse agredida a cada instante. Recolher-me ao meu espaço, ao meu silêncio criado por mim e para mim, onde só sei ser quem Sou, expandida, inteira, intensa. Aqui sou metade.

E nestes dias fujo, não quero ver ninguém, não quero ouvir ninguém, não quero ter que ser ninguém. Nestes dias, quero ser Só eu comigo, centrada no meu coração, para me apaziguar, para me devolver à minha energia original, para me devolver ao Amor que Sou, e no qual quero viver sempre. Sem dias destes.

terça-feira, 17 de novembro de 2015



Fecham-se histórias cá dentro, muda-se a página, fazemo-nos à estrada. Aprende-se a viver em movimento, em perpétuo morrer e renascer. 
A mochila é um pouco mais leve, ainda que em alguns dias pareça pesar mais que eu. Mas cada vez preciso de menos do que está fora, e aconchego-me mais, no que está dentro. E cada vez mais é esta a minha casa, aqui dentro de mim.
E sei que por muitas voltas que esta vida dê, Esta casa interior está sempre aqui, tenho a chave, e esteja onde estiver nunca mais estarei perdida. Aqui, mesmo quando tudo parece desarrumado e sem sentido, há um local Iluminado, Sereno, Eterno e Amoroso onde me embalo e me equilibro! heart emoticon heart emoticon heart emoticon
Grata por isso! Por saber hoje, o que não soube durante tantos anos, talvez durante tantas vidas.


Cada passo é Sagrado. O caminho, só o conheço momento a momento, mas o gps, esse tenho-o dentro de mim, na Paz ou na confusão, que sinto antes de pousar o pé no chão. Normalmente é preciso é estar calada, que ele fala baixinho, e com palavras doces e ternas, não condizentes com o ruído que às vezes se faz sentir... Dentro. grin emoticon 
Hoje sinto-me grata por cada passo. Pelos que dei, epelos que não fui, ou não sou capaz de dar, ainda.
Sou um ser a caminho, em construção, a renascer, a aprender, às vezes achando que estive bem, outras nem por isso. Mas afinal, tudo isso faz parte. Não se aprende a escrever, sem dar erros no ditado! smile emoticon
Grata por cada passo, por cada pegada que deixo na minha vida, na dos outros, no mundo. heart emoticon Que sejam cada vez mais firmes e seguras, e que o Amor seja a sua marca Sagrada. Cada dia mais! 


E como é belo o momento em que uma pequenina semente começa a perfurar a terra e a ver a luz do sol. Momento subtil e delicado, preso à vida por fios dourados de Amor, a cuidar e a acalentar pelo Fogo doce e terno do coração.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015


Não me perguntem se está tudo bem, quando na verdade, não querem ouvir a resposta real! 
Não quero conversas de ocasião, para as quais nunca tive, nem tenho, nem quero vir a ter, jeito, aptidão, vontade... Shhhhhiuuu... e tá tudo bem assim! 

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Let it be... and enjoy!


A vida ensina-nos à pancada. É verdade! J
Nos momentos mais felizes e de alegria intensa, temos tendência para andarmos ofuscados e embevecidos com o que sentimos, e que é bom, e que (normalmente) não nos confronta com fantasmas nem com sombras, e que é agradável e prazeroso e que por isso, não nos faz questionar os quês e porquês, da sua origem e existência.
Mas é na dor, que aprendemos verdadeiramente. É na dor que nos recolhemos tantas vezes, e que vamos mais fundo dentro de nós, é na dor que perguntamos e queremos entender (nos) e aos outros, e ao mundo. É a dor que nos faz querer mudar de rumo e tentar algo melhor e diferente. É na dor que o nosso lago interior se torna cada vez mais profundo, cada vez mais rico, cada vez mais intenso.
E é da sabedoria nascida nesses momentos, em que caminhamos descalços na areia escaldante do deserto, que surge o espaço e a disponibilidade, para disfrutarmos do oásis quando ele se nos depara. É das lágrimas que choramos, que se limpam os nossos olhos para outras verdades, e se alivia o nosso peito para outras vontades. É do abandono e da entrega, nos dias em que não sabemos mais como conduzir o nosso barco, que aparece a estrela mais brilhante que nos aponta o norte, ou o sul, ou o este, porque afinal depois de não termos nada, depois de deixarmos até de saber quem somos, tanto faz a direção, tudo é ganho, tudo pode fazer antever um sol mais brilhante em horizontes nunca conhecidos. E abrimo-nos... à vida. 
Sim, a vida ensina-nos à pancada, mas se mantivermos o coração aberto, é uma doce pancada que sabemos ter sempre o seu reverso, o seu momento de incondicional e ternurento colo e amparo. Porque a vida não é para nos castigar, é para nos ensinar a andar, e a olhar para cima e para dentro, e a Sermos, e a Amarmos, e à medida que nos Tornamos, a saber aceitar cada vez melhor, todas as suas nuances, até sermos Unos com ela!

Deixemos que a vida seja! J

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Música sem palavras, sons sem linguagem para a adjectivar... E cá dentro, apenas um sublime restolhar de emoções. Emoções desta e de outras vidas certamente, pois é antiga a saudade das cores, dos cheiros, da terra que pisei mas que não me lembro claramente.
E depois da surpresa, a expressão do que sinto, e depois... Apenas o Silêncio.


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Confiança


Viver com mais calma, não querer tudo logo, não querer desvendar todos os mistérios num primeiro olhar. Confiança, é o combustível para uma vida menos apressada. Confiança em cada passo, confiança que o que for importante virá, confiança que o que estamos a viver é o certo para nós, confiança em nós, confiança que os outros não vão deixar de nos amar só porque abrandamos, só porque caminhamos a um ritmo próprio e único.
Confiança no caminho, e em todos os que nos rodeiam com Amor e Cuidado, ainda que sejam invisíveis aos nossos olhos.
Confiança que não é por corrermos que chegamos mais depressa, e que não é por ansiarmos que tudo acontece. Confiança na Vida! No nosso processo de viver e crescer!

Eu confio, eu aprendo a confiar! 

quinta-feira, 23 de julho de 2015


Saber o que eu preciso para ficar bem. Saber o que me conforta, equilibra e anima, saber o que é importante para que não me perca, e mesmo que me sinta perdida, saber sempre onde guardo o mapa (cá dentro, do peito!).
Saber cuidar do meu corpo e fazê-lo feliz. Saber aninhar o meu coração quando ele se sente sozinho, saber dar-lhe espaço quando ele se quer expandir e sair por aí, a Amar. Saber dar colo à minha criança, quando ela chora e faz birras, ou quando ela pede com os olhinhos brilhantes, para eu lhe dar mais um pouco de atenção.
Saber quem sou, cada vez melhor, saber os meus limites e respeitá-los, ou quebrá-los todos de uma só vez mas por minha vontade. Saber onde quero, posso e me apetece estar, e vice-versa. Saber quem quero, e me apetece, na minha vida e vice-versa.
Saber que sou Única, Inteira, Completa, e que sou a única responsável por estar e me manter Feliz, Completa e Inteira. Saber que sou a única a quem posso pedir contas sobre mim mesma, e a primeira a quem pedir mais carinho, mais amor, mais tolerância, mais compreensão.
Saber ouvir-me por dentro, tão fundo, que nada me fique por dizer e ouvir.
Saber que os outros são preciosos na minha vida, mas que nunca “servirão” ou se ajustarão, aos meus vazios ou carências, que eu própria não consiga tapar ou nutrir.
Saber…Ir aprendendo… E cada vez mais, viver assim! Grata por isso! <3

terça-feira, 21 de julho de 2015


" Não te preocupes em explicar emoções. Vive tudo intensamente e guarda o que sentiste como uma dádiva de Deus."

Paulo Coelho - Brida

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Intensidade

Não há nada melhor do que me encontrar frente a frente, com o brilho dos meus olhos. Brilho de felicidade, de alegria, de entusiasmo pela vida, por mim, por Ser, por estar. Não brilhariam se vivesse assim assim, se gostasse mais ou menos, e se estivesse só por estar.
Por isso, ainda que depois algo se quebre, ou se acabe, não posso viver de outra maneira, que não seja esta forma intensa de me dar, ao que me arrebata, ao que me faz vibrar, ao que me encanta, ao que me deslumbra, ao que me faz sorrir e querer, ao que me emociona e enternece.
E não se chega à montanha mais alta do Amor e da Alegria, sem se caminhar nos vales profundos da tristeza e da dor, por isso subo ou desço, rio ou choro, sabendo que tudo faz parte desta condição maravilhosa de sermos humanos, que sentem.
Livre para sentir! Livre para Ser! Livre para Amar! Livre...


segunda-feira, 13 de julho de 2015

Silêncio

Gratidão... Porque cada vez encontro mais recursos internos, para me elevar, animar, nutrir, equilibrar, amar, e porque por isso, procuro cada vez menos nos outros, aquilo que só eu posso dar a mim mesma.
Usando a expressão de um astrólogo que muito admiro (Nuno Michaels), cada vez procuro menos em casa alheia, aquilo que só na minha casa interior posso encontrar. Porque quando somos sem abrigo de nós mesmo, e por muito que procuremos, nunca estaremos bem em casa nenhuma. e aqui entenda-se casa, como o nosso espaço interior, o nosso solo sagrado, o nosso templo interior.
Estes têm sido anos de muita aprendizagem, e sinto-me abençoada por isso. Não têm sido no entanto anos fáceis. Momentos de tristeza e desespero, revelações dolorosas e intensas sobre mim mesma e sobre os outros, momentos de solidão e desencontros... Mas são cada vez mais raros, quase inexistentes, os momentos em que me sinto perdida ou vazia, como se sentia frequentemente a Ana de outrora.  :)
É como se algo dentro de mim tivesse despertado, e não mais tivesse voltado a adormecer. Uma noção de sentido, de pertença a algo maior, uma certeza de Eternidade e Infinito dentro de mim. Acho que encontrei Deus, seja lá o que Deus for. E encontrei-o no Silêncio. No Silêncio que despertei, depois de trilhar muito caminho de pedras.
Sim, foi no Silêncio que lentamente foi preenchendo o meu ser, que fui abraçada, acolhida, recebida, por este sentimento inominável, para esta dimensão indescritível a que muitos devem chamar Deus. E mesmo agora que tento escrever sobre isso, faltam-me as palavras e sobram-me as lágrima que rolam no meu rosto. Lágrimas de fogo. De um fogo amoroso e abençoado que aquece o meu peito e me envolve.
E o silêncio... O de dentro, ainda que o de fora raramente se faça sentir. O Silêncio, esse porto seguro, essa certeza de encontro, comigo mesma, e com essa dimensão de mim em que não sou eu, esse chegar a casa. O Silêncio que me embala, que me abençoa, que me faz sentir grata, que me faz sentir a felicidade que nada, neste mundo humano, consegue substituir.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Das cinzas...

Constantemente a evoluir, a queimar e a replantar, a desconstruir e a reconstruir, por dentro, depois por fora.
Querermos parar o movimento natural do Universo, para a evolução, é resistirmos a forças muito maiores do que as nossas, é ficarmos a andar na roda do hamster, ou num labirinto sem saída.
Não estamos sozinhos, nunca estaremos, embora às vezes assim pareça.
Embora às vezes pareça que todo o mundo fala uma linguagem ininteligível, embora tantas vezes, pareça que esta música que ouvimos, e que é tão óbvia dentro de nós, ninguém mais a oiça e ninguém mais entenda os passos da nossa dança.
Ainda que tantas vezes, aqui, nos sintamos estranhos, intrusos, desencontrados, perdidos, e com saudades de algum lugar, que não nos lembramos, mas que sabemos que existe.
Ainda assim... A verdade é que não estamos sozinhos. E essa verdade está cá dentro, inegável, inquestionável, e grita para nós sempre que mergulhamos no Lago Silencioso do nosso Coração. smile emoticon heart emoticon
Quando formos cinzas, que que nos saibamos dar à Luz. Aceitemos estas dores de crescimento! smile emoticon heart emoticon
Não estamos sozinhos, e estamos juntos.



terça-feira, 28 de abril de 2015

Hoje estou farta de todas as palavras que já escrevi, que já disse, estou farta de tudo o que tenho sido e sou. Hoje não me apetece nada que me seja familiar e corriqueiro, apetece-me navegar em ondas desconhecidas e sentir o desabrochar de novas cores dentro de mim!



segunda-feira, 27 de abril de 2015

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Fugas e desencontros

A fuga, é quase sempre, o caminho mais fácil para se sair de situações que nos desafiam, ao ponto de não sabermos como lidar com elas. Mas é também e sempre, a forma mais triste e medrosa de lidar com essas situações. Pode-se fugir por cansaço, por se achar que não vale a pena, por se achar que não muda nada, por se achar que não conseguimos lidar com o outro, com as suas palavras, com os seus sentimentos, por não se querer estar mais ali, naquele tempo e espaço. Mas deve haver sempre um momento em que o mostramos, não se vira costas como se tudo o que foi vivido fosse pó, a desfazer-se no ar.  Não se vira costas sem deixar que o outro possa dizer algo, nem que seja despedir-se. É um acto de compaixão e de Amor que devemos a nós, e a quem nos ligamos nesta vida, mas claro, nem todos estamos preparados para viver com essa qualidade.
E o que fazer, quando alguém foge, deixando-nos com tantas palavras presas na garganta, e tanta emoção dentro do coração? Lidar com  a fuga de quem se amou, é como querer enterrar um morto, sem se ter encontrado o corpo.



quarta-feira, 8 de abril de 2015

Mapa da vida

Encontrar um nexo, um senso de causalidade no meio do caos e do desnorte, tentar encontrar a bússola que tantas vezes se desorienta, se perde, se parte.
E encontramo-nos perdidos essencialmente de nós mesmos, afastados daquela parte de nós que sabe a resposta, cegos pelo brilho e surdos de tanto ruído do exterior.

E encontrar o mapa que nos leva ao entendimento de tudo o que acontece, de tudo o que nos acontece, de tudo o que nos permitimos acontecer, torna-se um objectivo. E onde está o mapa? Está dentro! Sossegar a mente, sair do reboliço do mundo, e nesse Silêncio deixar aflorar a sabedoria e a orientação do nosso Ser Interno, Centelha Divina, Essência de Amor e Luz.

terça-feira, 17 de março de 2015


Acordo e espreguiço-me, respiro e sinto o meu corpo descontraído. Lá fora a chuva caí e faz esquecer um pouco o ímpeto, que antes dominavam o ar à minha volta. Estou profundamente em mim, e tu que estás longe, estás tão dentro, tão colado a mim, dançando com a minha Alma ao som desta melodia de Silêncio. Ouves? É cá dentro… É aí dentro…
E o amor devolve-me à inocência de outrora, faz a ponte entre aquela que fui, e aquela em que me tornei,  depois de viver e sofrer, depois de nascer de novo. Esse Amor que transborda de mim, que inunda o meu coração, a minha aura, e que se manifesta em tudo o que sou, digo, faço e toco.  
E preenchida que estou, por ser quem Sou, por ser tanta Luz e por senti-la, e por este Amor sem barreiras, irradio naturalmente, e sem querer nada mais a não ser estar Aqui, e Agora.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Impermanência

É tão fácil, nos identificarmos com a felicidade que nos chega de fora. É tão fácil nos agarrarmos a ela, como a uma bóia salva vidas, esquecendo a dor que nos marcou o peito a ferro e fogo. E no momento em que o fazemos, já estamos a sair de nós, e a colocar no/s outro/s a responsabilidade em continuar a alimentar essa fonte de alegria.
Identificarmo-nos com a felicidade atrasa-nos tanto, no nosso caminho do Amor, quanto nos identificarmos com a tristeza. Tudo são estados. Emoções. Tudo passa. E quando passa, que fazer? O que resta?  Se nos deixarmos devastar, seja pela dor, seja pela felicidade, o que restará para nos acolher, quando tudo terminar?

Viver intensamente o que quer que a vida nos apresente, sabendo sempre, que tudo é efémero, e que tudo sem excepção, contém em si o seu oposto, yin e yang, luz e sombra, alegria e tristeza, mantendo-nos alerta para quem realmente somos. Mantendo-nos Presentes, Conscientes, recolhendo-nos ao Silêncio, falando, escutando e dando espaço ao nosso Ser Interno, seja o que for que nos estimule do exterior. Sendo sempre nós a nossa própria fonte energética, não indo buscar aos outros, aquilo que somos capazes de criar e dispensar a nós mesmos.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Viajantes perdidos, em busca incessante, esquecidos de que as respostas sempre estiveram cá dentro. Apenas à espera de serem encontradas.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Amor intemporal


E no momento em que os seus olhos se olham finalmente, cessa a ilusão de que o tempo corre, porque tudo pára na verdade. E calam-se as vozes, e abrem-se os sorrisos, e dão-se os braços num abraço, e reconhecem-se sem qualquer dúvida, ainda que nunca se tenham visto, e bate o coração como se saltasse do peito, e respiram fundo porque finalmente estão juntos.

E não há nada para além dele e dela, naquele olhar que não se cansa de olhar, naquelas mãos que não se cansam de tocar, de se conhecer e se reencontrar. E não há nada mais que queiram, nem desejem, além de ficar assim, um no outro, na surpresa e no êxtase, no calor e na alegria, de saberem que tudo faz sentido assim, e que não poderia ser de outra maneira.

Não há leis nem regras, neste planeta ou noutros, que os prendam de viver aquilo que sentem. São puros, são crianças, são adultos livres para quem só o Amor faz sentido, e só faz sentido se for com Amor.

E do tempo em que se juntam, fazem festa, constroem estradas e pontes, que os levam para dentro deles, para dentro um do outro. Descobrem-se e conhecem-se, como crianças curiosas a explorar um mundo novo.

E depois de tantas lágrimas que já choraram, ao longo de vidas e vidas, desvelam as marcas, deixadas pelos enganos e pelas ilusões, partilham histórias, e contam segredos, e curam-se, e deixam-se ser curados, e escolhem mais uma vez acreditar, de peito aberto, e alma exposta, entontecidos e felizes, pela força daquilo que sentem, pela força do AMOR. 

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015


E no meu coração há um rio, que de repente começa a correr desalmado, pelas encostas e montanhas do meu ser.

E onde havia águas serenas, há agora o tumulto e a pressa de chegar à foz.

Não é um rio ansioso, nem tão pouco violento, é um rio feliz e enérgico, que aceita os ritmos da vida, que flui com eles, que se entrega. Um rio que sabe quando deve ser calma e quando deve ser entusiasmo, que sabe quando deve acolher os outros, e quando deve ir ao seu encontro, um rio que sabe tornar-se mar quando é chamado a chegar mais longe.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Despedidas

E que as despedidas de hoje, sejam o solo fértil, onde surgirá a Primavera de amanhã.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Agradeço



Agradeço...

Por todas as flores que nascem na minhas Primaveras, e que eu contemplo, e partilho, e cuido.
Por todas as flores  que se desfolharam no meu regaço, agredidas pelas tempestades dos meus Invernos.
Por todas as flores que me ofereceram, sem que eu esperasse, sem que eu pedisse, sem que eu quisesse.
Por todas as flores cujo aroma fugaz e leve, me extasiam e me libertam, por segundos, ou por toda a eternidade.
Por todas as flores que nunca o chegaram a ser, porque eu as matei, porque eu as cortei, eliminei, arranquei, do meu solo fértil e sedento, mas medroso e fugidio.
Por todas as flores com espinhos, onde me corto e sangro, mas também me regenero e cresço.
Por todas as flores que ainda irão nascer, e cujas sementes eu planto com Amor e Silêncio.

Agradeço...

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Simplicidade


A tentar regressar ao mais simples. De mim, da vida e dos outros. Sentir, Ser, Amar...
E como coloquei camadas e camadas de peso, em cima de mim, quando tudo o que é preciso, existiu aqui dentro do meu peito, desde sempre.
A tentar... Apenas a tentar...

sábado, 24 de janeiro de 2015

Mais um passo


Travo a batalha, não me rendo, não adormeço, não me encosto, não desisto. Só posso avançar, não sei ser de outra forma.
Mas há dias em que a espada pesa mais, e não há ninguém para a carregar por mim, apenas para eu descansar, apenas para eu dormir uns minutos, apenas para eu fingir que sou um ser humano normal, a viver de olhos fechados.
Mas sei que o dia irá chegar. Até lá, mais um passo, no caminho de regresso a casa. Nem sempre seguro, mas sempre em frente.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015


Grata por esta vida, que escolho em cada momento. E grata também, pelos anos em que acreditei que a vida me era imposta, e em que senti o vazio de não saber quem era. Grata por todos os anos em que vivi fechada na minha própria mente, esquecida, e sem saber afinal o que fazia aqui neste mundo, mas que, apesar de toda a dor, me permitiram sonhar, querer, tentar, procurar, ser mais, saber mais, ir mais além, e me fizeram chegar onde estou hoje. Grata por esta sensação de Infinito no peito, e por este sentimento de que ainda tenho tanto para fazer, concretizar, Amar, Ser. Grata pela sensação de eternidade, constante, presente, como uma Luz sempre acesa.

Grata por esta vida escolhida, e por cada vida que cruza o meu caminho! J

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Slow down young girl

Às vezes parece que a vida abranda o ritmo, e nos quer dar tempo para nos espreguiçarmos.
É o que sinto desde que o ano começou. E apesar de toda a euforia alheia, com o começo do ano, e do excesso de informação a que me sujeito às vezes, eu só sinto que tenho que parar.
E a minha vida abrandou, e forçou-me a ficar tranquilamente em casa, como que num casulo, a curar-me.
E independentemente de termos começado um novo ano, eu sinto que ainda ando a despedir-me do anterior, sinto que ainda ando a resolver coisas que ainda não estão resolvidas, para poder avançar. Não sei quando vou avançar, nem para onde, mas sei que quando estiver pronta, vou saber.
Conectada com o meu coração, aguardo a ordem de partida. :-)

Vida em modo lento



Recolhi as velas do meu veleiro e deixei-me levar, ao sabor da corrente calma e tranquila dos dias que passam. O horizonte está limpo, e sol põe-se pintando o céu de vermelho e verde, as ondas tocam no casco e embalam os meus sonhos. Não há medo nem tempestades, as estrelas lá em cima asseguram-me que tudo vai bem. Amanhã iço as velas, e sigo ao sabor do vento.

<3 <3 <3



sábado, 10 de janeiro de 2015

Há músicas que atravessam camadas e camadas de mim, revelando de forma inegável a profundidade oculta do meu ser, e me fazem sentir, que o mundo inteiro cabe dentro de mim.
E de repente o que está fora, é como se fosse um filme que passa em frente aos meus olhos, em frente ao meu ser, centrado e alinhado com algo inexplicável. E de repente o que está fora está tão longe, e eu tão perto das estrelas que nem sei se o meu corpo físico me prende, ou se apenas me impede de voar de vez para outros mundos. E de repente tudo é Luz e Paz cá dentro, e as águas um espelho, e onde antes era o caos, reina agora a serenidade.
Há músicas que tocam no momento certo, que me tocam no sitio certo, que evocam a emoção certa, quase como um amante experiente e intimo, de vidas e vidas.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Rendição

E a vida flui, assim naturalmente, entre momentos de alegria e de tristeza, entre um extremo e o seu oposto. Flui e eu deixo-me ir, tentando parar de resistir ao que é, ao que se apresenta diante de mim, tentando parar de dizer não, achando que sei mais do que tudo, achando que a ordem Maior da vida, é menos acertada do que a minha mente limitada.
E a vida avança, e quando me deixo avançar com ela, ao mesmo ritmo e sem atrito, sinto-me mais leve e estranhamente mais livre. Quantas vezes luto contra muros que têm mesmo que estar onde estão??? Quantas vezes por esbarrar vezes sem conta na mesma parede, me impeço de ver a passagem mesmo do outro lado, livre, desimpedida, iluminada só para mim? Então, permito-me deixar ir e ser, e quando o faço, a vida abre-se como uma flor perante o sol da manhã.
Parando de resistir, entrego-me e rendo-me, a algo Maior que eu e ao mesmo tempo tão Eu, sabendo que o momento vai chegar e eu vou saber. Até lá, preparo tudo. E cá dentro nasce um brilho de certeza que, um dia, cumprirei os meus sonhos, porque foi para isso que cá vim. Foi isso que escolhi. E é o caminho dos meus sonhos, que me levará de volta a casa, um dia… <3

sábado, 3 de janeiro de 2015

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Que o caminho se cumpra


Ainda que às vezes hesite nos passos, que eu não hesite na Fé.
Ainda que às vezes não encontre o caminho, que encontre a coragem de não desistir.
Ainda que às vezes as lágrimas me impeçam de ver a estrada, que eu não duvide da mão invisível que sempre me guia.
Ainda que às vezes o nevoeiro se levante, que eu me deixe guiar pela Luz do meu coração.


quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Dia 1 do ano de 2015

E ontem à meia noite, toda eu era Silêncio, Agradecimento e Benção. Não brindei, não gritei, não subi à cadeira, não comi 12 passas, não me "diverti"... Mas de dentro do meu peito, gritei silenciosamente as palavras que ele me pediu, comprometi-me com aquilo que senti que me devia comprometer e chorei. De alegria, de tristeza, de felicidade, de compaixão, de enternecimento... Despedi-me, e abri os braços ao que vier.

Acredito que para mim, será um ano muito importante, intenso, e de grandes escolhas. Sei que vou tentar fazer sempre o meu melhor, em cada momento. Sei que vou continuar a alimentar os meus sonhos, cada vez mais e mais. Sei que vou dar de mim, tudo o que puder e conseguir, para ser cada vez mais Amor e Luz, para me tornar cada vez mais autêntica e cristalina. Acredito na força do Amor, e é inundada e movida por essa força, que quero viver os 365 dias de 2015. Só assim será possível ter um ano FELIZ!

Que saibamos ser felizes!