sábado, 2 de abril de 2022

 A vida já me doeu muitas vezes.

Amei, perdi, esqueci, caí, levantei-me...

Algumas vezes demorei mais a levantar-me,
o chão vazio era tudo o que tinha.

Sim... A vida já me doeu muitas vezes.
Mas nunca a dei por perdida.
Nunca me dei por vencida.
Descanso, mergulho na noite escura da minha Alma,
e volto.
E de cada vez que volto,
venho Mais, venho Melhor.

E volto a amar, pois o coração sempre volta a acreditar.
Pelo menos o meu!
E volto a amar sim, e a dançar, e a criar e a ser Vida, e Alegria e Luz.

E acredito que chegará o dia em que é para ficar.
E em que posso fazer casa no abraço, de quem também quer estar.



  

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Às vezes a música faz-me navegar nas profundas águas do meu ser. Faz-me aceder a territórios desconhecidos, inóspitos às vezes, sombrios, húmidos, ansiosos por serem iluminados e aquecidos.

Às vezes a música carrega-me nos braços, envolve-me, aconchega-me, e leva-me mais longe. Às vezes choro, outras sorrio, outras fico apenas a balançar-me ao saber das notas. É tanto aquilo que não sei explicar…

sexta-feira, 1 de abril de 2016


E às vezes tudo me sai à força, com um esforço que não consigo quantificar, para conseguir chegar a algum lado.
Há dias contaminados pelo sabor da contrariedade. Dias que se aceleram contra o meu passo parado, dias que me atropelam e me esmagam sem piedade.
E às vezes as palavras saem ásperas, e queimam e doem naqueles que as recebem. Há dias em que as palavras dos outros ferem os meus ouvidos, que só querem o silêncio do mar, e dos pássaros, e o assobiar livre do vento nas folhas das árvores.
Há dias atrás das grades, em que a minha imaginação se aprisiona e se contraí, e em que respondo a tudo sem um sorriso feliz, obrigando o meu coração a fechar-se neste sentir que se consome, cansado e desgastado, pela realidade não desejada.

E às vezes penso, quanto tempo mais? Quantos dias mais? Quantas vezes mais, vou obrigar o meu coração a viver nesta violência calada e consentida? Quanto tempo mais?

sexta-feira, 4 de março de 2016

Vem, 
esquece as palavras, os pensamentos, as explicações. 
Vem só sentir.
O sentimento cá dentro é tão maior,
do que as palavras que tentamos usar para o definir.

TÃO MAIOR

terça-feira, 1 de março de 2016

Algumas definições

Apaixonar-me - capacidade de me encantar, de sorrir, de me abrir sem reservas, e de me surpreender com o brilho do meu olhar. Admirar e reconhecer no outro e na vida, as virtudes e a beleza, para além de tudo o resto.
Entusiasmo que nasce do coração. Capacidade de ser criança novamente, e por isso, viver e sentir com frescura, inocência e espontaneidade.

Encantar-me - capacidade de me surpreender com um sorriso nos lábios, quando te olho, quando te oiço, quando te toco... Vontade de saltitar e bater palmas de alegria, quando a Vida se mostra, e eu a recebo de coração limpo e aberto.


In Dicionário do Amor, Anna Guerreira das Estrelas. :-)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Ser Inteira


Recolho à floresta encantada que me habita por dentro.
Lá fora o cenário é o mesmo de todos os dias,
Cá dentro a riqueza é tanta, que cada dia é novo, e cada noite plena de descobertas.
Na floresta encantada que me habita por dentro, a vida pulsa livre e feliz.

E descanso agora.

Largo o que foi.
Choro as últimas lágrimas, antes de repousar debaixo da grande árvore.
Deito-me sobre as suas raízes, e adormeço em posição fetal,
embalada pela Grande Mãe, que nunca deixa nenhum filho sem consolo.

Na floresta encantada que me habita por dentro sou sempre Eu, e nunca me esqueço que Eu sou Eterna e tudo o resto é transitório.
Cá dentro... Tudo faz sentido! Há Luz!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016



Sabemos que a queda pode ser dolorosa porque já caímos muitas vezes no vale profundo, onde as lágrimas nos consumiram e onde julgámos não haver saída. E ainda assim, carregando em nós as marcas de cada uma dessas quedas, caminhamos à beira da falésia que dá para o mar imenso de sentimentos. O mar atrai-nos, os sentimentos são muito fortes e impulsionam a entrega, impelem a continuar. Sim, sabemos que apenas um passo à frente, há o desconhecido, e nesse espaço todas as possibilidades estão em aberto, mas escolhemos caminhar assim mesmo, sem arnês, e às vezes quase de olhos fechados. Porque com eles fechados, sente-se melhor o vento, respira-se mais a brisa, encontra-se melhor o coração do outro. E tudo vale a pena, quando dois corações se encontram com esta disponibilidade, para percorrer o caminho à beira da falésia que dá para o mar… De mãos dadas! 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Descanso

A sombra domina agora a nossa visão.
O dia termina e encerra com ele, tudo o que já foi. Nada mais há a reter a não ser alguma aprendizagem, alguma emoção forte que ainda permaneça para ser olhada e integrada, Vivemos, sentimos, fomos... Agora tudo se conclui, e nos convida a entrarmos em nós, a pousar a mochila, as armas, as máscaras, e a descansar. Por fim, descansar...
Que sejam leves os nossos fardos, que sejam cada vez menos as nossas máscaras, e que seja cada vez maior a Gratidão com que encerramos cada dia. <3 Grata por este, por cada momento, por cada respiração, e principalmente grata pelo Amor que a cada instante entrego e recebo. <3

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016


Caminho sempre até ao caos, até à confusão máxima, até todas as minhas células, não suportarem mais determinado registo vivencial, e depois, dessa contorção que às vezes magoa cada parte do meu ser, nasce a solução, a luz para o caminho antes aparentemente nublado e cinzento. E da agitação às vezes quase insuportável, nasce a paz. E avanço. 
Os grandes passos na minha vida, as grandes aprendizagens sempre foram assim. Uma queda vertiginosa na crise, a incompatibilidade aguda com as estruturas existentes, a ausência de rumo, o desnorte, a saturação, e depois a explosão de luz que traz a solução. E depois… O voo planado, de onde observo o todo cá em baixo, e a certeza de que cada lágrima, cada medo, cada dúvida, cada momento de desespero, me conduziram à paz que agora me habita. E avanço.

Grata pelo caos, que cria a ordem e a evolução! 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Há momentos deste nosso percurso terreno, em que o grande desafio é a entrega, é não resistir aquilo que a vida nos está a mostrar, parar de negar os alertas e sinais, parar de lutar contra a corrente, Parar de lutar...
E quando o cansaço começa a tomar conta de nós, percebermos que só o sentimos, porque negamos aquilo que o nosso coração já sabe há tanto tempo. Quando seguimos o nosso coração, não há desgaste, há sintonia, há um fluir continuo, há uma alegria de fundo, há um contentamento do ser.
Entrego... Me... Nos braços do Pai e da Mãe, e confio que nada me faltará! 

heart emoticon

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Os pés descalços pisam a terra, e caminham firmemente como se soubessem para onde ir, sozinhos, sem comando. Ela está perdida, mas algo a conduz a mover-se com segurança e rapidez.
Ouvidos à escuta, sensíveis. Não há nenhum som que não lhes chegue. A lua brilha em quarto crescente e permite que os caminhos por debaixo das árvores, sejam tenuemente iluminados.
E ela caminha, sempre alerta, mas com calma e atenção. Sabe que vai chegar a algum lado, apesar de não saber como, nem quando. Está perdida!
A pele de lobo que traz em cima das costas, aquece-a, e mantem a sua mente focada. Tal como o lobo que andou consigo durante anos, ela observa antes de avançar, e procura a sua matilha, para que possa sobreviver. Sozinha não conseguirá durante muito mais tempos, ela sabe, mas acredita que conseguirá alcançar os outros muito em breve.

E caminha!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Sonho?


Ela às vezes fica assim, meio parada, e às vezes até fecha os olhos, e às vezes até respira mais fundo, e às vezes até se toca para ver se realmente está ali… Para ter a certeza que tudo o que está a viver, é real.
É que nem nos momentos de maiores devaneios, em que sonhou e idealizou o que era para ela, a relação de amor que lhe “enchia as medidas”, ela conseguiu imaginar tudo o que vive agora.
Em nenhum desses sonhos, ela sentiu o calor, a ternura, o amor, a segurança, o fogo, o aconchego, o poder, daquele abraço.
Em nenhum desses sonhos ela viu a doçura, a força, a pureza, a transparência, a calma, a água límpida e cristalina, daquele olhar.
Em nenhum desses sonhos ela imaginou, o sabor e o toque quente e excitante, do corpo daquele homem.
Em nenhum desses sonhos ela imaginou toda a profundidade, toda a luz, toda a beleza, toda a paleta de cores interiores daquele ser, que ela ama.
Em nenhum desses sonhos, ela sentiu o que era ser amada daquela forma tão forte, tão pura, tão natural, tão livre e tão intensa.

É que os sonhos podem ser muito belos, mas nada se compara ao arrepio da pele, ao bater forte do coração, às lágrimas de felicidade nos momentos de maior emoção... Isso ninguém consegue saber ao que sabe, até provar! J

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Às vezes assusta quando sentimos que tudo é possível. Assusta, porque passámos tanto tempo da nossa vida, a viver com limitações, desencontros, dificuldades, a não conseguir aquilo que sonhámos tantas vezes, que quando sentimos que algo que vivemos agora, traz em si sementes de possibilidades infinitas, assustamo-nos.
Como se já não soubéssemos viver com tanto, como se já nos tivéssemos convencido a ter menos do que o infinito que merecemos. Como se não pudéssemos, como se não fosse real.
E depois respiramos, e sabemos no calor sereno do nosso coração que sim, que assim é que está certo, e que merecemos o melhor, porque para isso nos trabalhamos, para isso nos desafiamos, para isso aceitamos a missão desta vida, de sermos cada dia melhores Seres Humanos.
E então respiramos, e sabemos no calor sereno do nosso coração que sim, que tudo é possível desta vez, e que o medo, faz parte de darmos grandes passos rumo ao desconhecido. Sem medo, como saberíamos o que é ter coragem? E no fim de tudo, o que floresceria afinal em nós, se continuássemos apenas a caminhar na estrada segura e familiar de sempre?!

Às vezes sentimos que tudo é possível, e nesse momento damos o passo em frente, e saltamos sem rede, com o nosso coração em festa, confiante e entusiasmado como nunca.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Simplicidade


O que importa, é o Amor com que vivemos, e são as coisas simples, os sorrisos sinceros, os olhares que falam, os abraços sentidos, os momentos intensamente vividos, as sintonias e cumplicidades, a harmonia... E uma certeza no peito de estar tudo tão certo assim, que não podia ser melhor do que é. Não podia... :-) <3smile emoticon heart emotic

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Liberdade

Há momentos sem palavras… 
Às vezes fico só a sentir, a respirar o momento, a Ser... Profundamente em mim, e por isso profundamente contigo e em ti. Porque só estando em mim, estou em ti. Porque só estando em mim, sinto a União com tudo o que é vivo, só estando em mim sinto a Unidade, a não separação de tudo o que existe, e logo de ti. <3
E como é maravilhoso que esses silêncios sejam aceites com Amor, entendidos, sentidos, partilhados, e não seja exigido nada mais do que aquilo que É, em cada instante.


Liberdade… Liberdade de Ser, Liberdade do Ser, Liberdade de Sermos! J
Amor...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Retrato Ardente


Entre os teus lábios 
é que a loucura acode 
desce à garganta, 
invade a água. 

No teu peito 
é que o pólen do fogo 
se junta à nascente, 
alastra na sombra. 

Nos teus flancos 
é que a fonte começa 
a ser rio de abelhas, 
rumor de tigre. 

Da cintura aos joelhos 
é que a areia queima, 
o sol é secreto, 
cego o silêncio. 

Deita-te comigo. 
Ilumina meus vidros. 
Entre lábios e lábios 
toda a música é minha. 

Eugénio de Andrade, in "Obscuro Domínio"

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Deixar Fluir

"Em muitos seres existe hoje uma urgência, uma necessidade existencial de corrigir o mundo, de sarar as feridas de uma civilização esquecida de si mesma, distante dos propósitos maiores que a ela estavam destinados. Uma urgência que se torna cada vez mais presente em todos aqueles que assumiram um compromisso para com a humanidade. O compromisso de caminhar de coração aberto diante do olhar cego daqueles que só acreditam naquilo em que podem tocar, mostrando que esse tocar é mais profundo, mais vasto; que tocar com o coração é sentir a unidade de todas as coisas na força transmutadora dessa energia maior a que chamamos AMOR.
Mas essa urgência deixa-nos inquietos, confusos quanto ao caminho a percorrer. Como poderemos ter a certeza de que caminhamos pelos trilhos do nosso destino? Que todas as experiências vividas nos conduzirão ao momento certo, à tarefa exacta, ao lugar que nos corresponde num Plano Maior do qual somos um elemento essencial? A resposta é simples e resume-se, tal como se de um mantra se tratasse, na seguinte frase: “Deixar Fluir”. O efeito destas palavras deveria ser mágico para todos nós, trazendo, com o simples acto de as pronunciar, a PAZ.
Se hoje estamos no lugar onde nos percebemos, se por caminhos misteriosos nos foi dado encontrar pessoas importantes para o nosso processo tridimensional, viver situações inesperadas e regeneradoras de energias estagnadas em nós, é porque foi esse mesmo fluir que nos levou até lá. Nenhum estratagema mental, nenhum plano por mais elaborado que seja, nos levará ao destino que nos compete cumprir, pois, se assim fosse, essa condução estaria nas mãos da personalidade e não da Alma.
A personalidade é como uma pessoa perdida dentro de um labirinto que ela julga conhecer ao pormenor e onde, para seu próprio desespero, se disso tiver consciência, repete constantemente os mesmos erros, passando pelos mesmos lugares, tropeçando nos mesmos obstáculos, batendo infindáveis vezes com a cabeça nos mesmos becos sem saída, numa encenação dolorosamente repetida na ilusão de quem julga saber por onde caminha. Pois não sabe! Quando mais a personalidade procura, mais perdida fica nesse emaranhar de corredores. Apenas quando ela parar de procurar e entregar essa condução à Alma que, por cima do labirinto, vê todos os caminhos, é que, finalmente, num doce fluir de quem é conduzido por mãos mais sábias, ela encontrará o trilho do seu destino.
Não foi esse fluir sem aparente rumo que, tal como folha sobre as águas de um rio, nos conduziu ao lugar onde nos encontramos? Não deveríamos, uma vez mais, confiar nessas mãos sábias que sabem exactamente a tarefa que nos está destinada cumprir; o espaço e o tempo certo de uma vivência contínua no olhar de quem antes mesmo de encarnar tudo pôde testemunhar de um caminho por si predestinado e escolhido? Porquê a ansiedade, então? Porquê a dúvida e a incerteza que tantas vezes se instalam? Não caminhamos pelo trilho de uma existência dedicada a Deus, de uma missão de quem se propôs ajudar a humanidade nestes tempos difíceis? Se tudo entregarmos ao Alto, o que recear? Não somos todos nós auto-convocados numa tarefa que assumimos diante dos nossos Irmãos Maiores, propondo-nos ajudar na elevação daqueles que compartilham este planeta connosco? Repitam, pois, comigo, esta simples frase: “Deixar Fluir”. Deixar que a corrente desse imenso rio nos conduza à enseada do destino que nos compete cumprir, sem desejar alcançar nenhuma das margens, pois, se o fizermos, a estas ficaremos presos; estagnados nos charcos pantanosos de onde dificilmente sairemos.
“Deixar Fluir” não é inércia, mas prontidão. E não é inércia porque sabemos que uma mão maior nos conduz. “Deixar Fluir” é como um bombeiro no quartel, pronto a correr a qualquer eventualidade se a sirene tocar mas que, enquanto espera, simplesmente deixa que o tempo corra docemente, na tranquilidade de quem sabe que está ao serviço de uma causa maior. Se assim não fosse, e ele deixasse o quartel por não ter suportado o silêncio e a espera, seguindo outros caminhos, a sirene tocaria e ele não estaria pronto para actuar. Mas se ficar no quartel, mesmo sem saber da tarefa que lhe corresponde desempenhar, quando a sirene tocar ele estará pronto e tudo largará para cumprir o seu destino, pois sabe que essa é a sua única função.
Enquanto espera, no entanto, as suas únicas palavras são: “Deixar Fluir”. E este é o caminho directo para a PAZ"
http://www.pedroelias.org/artigos/item/11-deixar-fluir

Mergulho no teu mar

Mergulho no teu olhar de mar. 
Viajo pelas estrelas, 
e num momento o tempo pára
suspendo-me no ar… 
Apenas respiro, 
apenas te/me vejo reflectidos na transparência do teu olhar, 
pleno de Pureza e Amor, de doçura e calor, 
e que me abraça e me envolve numa energia que me eleva, 
e me faz chegar mais longe e mais perto, 
da Eternidade.

<3

domingo, 6 de dezembro de 2015

Estrela


E quando uma estrela nos cai nos braços? Abrimo-los sem reservas, e partilhamos a sua e a nossa Luz, com todo o Amor, com todo o espanto, com toda a alegria, com todo o ser, como quando se acende a primeira estrela da noite. <3 
... e sinto que muitos dos caminhos que percorri, me ensinaram a chegar a este céu. <3

quinta-feira, 26 de novembro de 2015


E a calma retira-se, deixando em nós o excitante gosto da antecipação, os sentidos despertos, as emoções à flor da pele, a pele que pede mais pele, os lábios que se calam e que pedem mais beijos, os beijos que pedem mais tempo, o tempo que se desfruta como se fossem escassos segundos, como se fosse ser assim, por toda a eternidade.
E a calma esvai-se por entre suspiros, e corações descompassados, e o equilíbrio da vida mantém-se como se pode, neste jogo do arame em que tentamos não nos perder, mas nos sabemos já perdidos no mar de sentimentos, que se recebem e oferecem. Perdidos que somos momentaneamente, para nos encontrarmos novamente num outro espaço interno, já um pouco esquecido.

E quando a calma voltar lentamente aos nossos corpos, seremos mais, estaremos mais dentro de nós e um do outro, estaremos unidos ao Amor Divino como nunca, porque é através dos delicados fios do amor humano que se tecem no Verdadeiro Fogo do Coração, que nos tornamos Deuses.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015


"Sigo a vida conforme o roteiro, sou quase normal por fora, pra ninguém desconfiar. Mas por dentro eu deliro e questiono. Não quero uma vida pequena, um amor pequeno, um alegria que caiba dentro da bolsa. Eu quero mais que isso. Quero o que não vejo. Quero o que não entendo. Quero muito e quero sem fim. Não cresci pra viver mais ou menos, nasci com dois pares de asas, vou aonde eu me levar. Por isso, não me venha com superfícies, nada raso me satisfaz. Eu quero é o mergulho. Entrar de roupa e tudo no infinito que é a vida. E rezar – se ainda acreditar – pra sair ainda bem melhor do outro lado de lá."

sábado, 21 de novembro de 2015

Como a primeira vez! :)


Já percorremos quilómetros, por caminhos que às vezes nem se viam, por muito que olhássemos. Já vivemos um pouco de tudo para chegarmos aqui, onde estamos hoje.
Já acreditamos tanto, para depois percebermos que afinal tudo era tão diferente, e tão longe do sitio onde gostaríamos de estar. Já nos demos tanto, para depois percebermos que tínhamos que sair de cena, e guardar o tanto que ainda havia para dar, sem sabermos às vezes muito bem onde. Já fomos de peito aberto, receber o embate que tanto doeu e fez chorar.

Mas a verdade é que depois do tanto que já caminhamos, continuamos a colocar a mochila aos ombros, apenas com o básico, para garantirmos que não nos esquecemos de quem somos, e voltamos uma e outra vez a ir. sem saber o caminho, sem saber como ir, sem saber sequer se vamos chegar. Mas vamos. No olhar o brilho da esperança, do entusiasmo, do Amor, no coração a Alegria de criança, que vê tudo uma e outra vez, como se fosse a primeira.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Intromissão




Há dias de confusão, em que à volta tudo se agita, e tudo se contorce em caos. Há dias em que me sinto inadaptada a viver no meio de tudo isto. Não consigo pensar claramente, não estou confortável, o meu corpo exige-me distância, o meu coração contrai-se. Há dias de tanto ruído, em que só quero chegar ao quente e ao silêncio de qualquer sitio, menos este. Este, onde as luzes ferem a vista, onde os sons agridem os ouvidos, onde as vozes são irritadas e ressentidas, onde o pó paira no ar, onde nada está criado para a Harmonia e a Paz.
Há dia sem que só quero sair daqui, como se fosse agredida a cada instante. Recolher-me ao meu espaço, ao meu silêncio criado por mim e para mim, onde só sei ser quem Sou, expandida, inteira, intensa. Aqui sou metade.

E nestes dias fujo, não quero ver ninguém, não quero ouvir ninguém, não quero ter que ser ninguém. Nestes dias, quero ser Só eu comigo, centrada no meu coração, para me apaziguar, para me devolver à minha energia original, para me devolver ao Amor que Sou, e no qual quero viver sempre. Sem dias destes.

terça-feira, 17 de novembro de 2015



Fecham-se histórias cá dentro, muda-se a página, fazemo-nos à estrada. Aprende-se a viver em movimento, em perpétuo morrer e renascer. 
A mochila é um pouco mais leve, ainda que em alguns dias pareça pesar mais que eu. Mas cada vez preciso de menos do que está fora, e aconchego-me mais, no que está dentro. E cada vez mais é esta a minha casa, aqui dentro de mim.
E sei que por muitas voltas que esta vida dê, Esta casa interior está sempre aqui, tenho a chave, e esteja onde estiver nunca mais estarei perdida. Aqui, mesmo quando tudo parece desarrumado e sem sentido, há um local Iluminado, Sereno, Eterno e Amoroso onde me embalo e me equilibro! heart emoticon heart emoticon heart emoticon
Grata por isso! Por saber hoje, o que não soube durante tantos anos, talvez durante tantas vidas.


Cada passo é Sagrado. O caminho, só o conheço momento a momento, mas o gps, esse tenho-o dentro de mim, na Paz ou na confusão, que sinto antes de pousar o pé no chão. Normalmente é preciso é estar calada, que ele fala baixinho, e com palavras doces e ternas, não condizentes com o ruído que às vezes se faz sentir... Dentro. grin emoticon 
Hoje sinto-me grata por cada passo. Pelos que dei, epelos que não fui, ou não sou capaz de dar, ainda.
Sou um ser a caminho, em construção, a renascer, a aprender, às vezes achando que estive bem, outras nem por isso. Mas afinal, tudo isso faz parte. Não se aprende a escrever, sem dar erros no ditado! smile emoticon
Grata por cada passo, por cada pegada que deixo na minha vida, na dos outros, no mundo. heart emoticon Que sejam cada vez mais firmes e seguras, e que o Amor seja a sua marca Sagrada. Cada dia mais! 


E como é belo o momento em que uma pequenina semente começa a perfurar a terra e a ver a luz do sol. Momento subtil e delicado, preso à vida por fios dourados de Amor, a cuidar e a acalentar pelo Fogo doce e terno do coração.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015


Não me perguntem se está tudo bem, quando na verdade, não querem ouvir a resposta real! 
Não quero conversas de ocasião, para as quais nunca tive, nem tenho, nem quero vir a ter, jeito, aptidão, vontade... Shhhhhiuuu... e tá tudo bem assim! 

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Let it be... and enjoy!


A vida ensina-nos à pancada. É verdade! J
Nos momentos mais felizes e de alegria intensa, temos tendência para andarmos ofuscados e embevecidos com o que sentimos, e que é bom, e que (normalmente) não nos confronta com fantasmas nem com sombras, e que é agradável e prazeroso e que por isso, não nos faz questionar os quês e porquês, da sua origem e existência.
Mas é na dor, que aprendemos verdadeiramente. É na dor que nos recolhemos tantas vezes, e que vamos mais fundo dentro de nós, é na dor que perguntamos e queremos entender (nos) e aos outros, e ao mundo. É a dor que nos faz querer mudar de rumo e tentar algo melhor e diferente. É na dor que o nosso lago interior se torna cada vez mais profundo, cada vez mais rico, cada vez mais intenso.
E é da sabedoria nascida nesses momentos, em que caminhamos descalços na areia escaldante do deserto, que surge o espaço e a disponibilidade, para disfrutarmos do oásis quando ele se nos depara. É das lágrimas que choramos, que se limpam os nossos olhos para outras verdades, e se alivia o nosso peito para outras vontades. É do abandono e da entrega, nos dias em que não sabemos mais como conduzir o nosso barco, que aparece a estrela mais brilhante que nos aponta o norte, ou o sul, ou o este, porque afinal depois de não termos nada, depois de deixarmos até de saber quem somos, tanto faz a direção, tudo é ganho, tudo pode fazer antever um sol mais brilhante em horizontes nunca conhecidos. E abrimo-nos... à vida. 
Sim, a vida ensina-nos à pancada, mas se mantivermos o coração aberto, é uma doce pancada que sabemos ter sempre o seu reverso, o seu momento de incondicional e ternurento colo e amparo. Porque a vida não é para nos castigar, é para nos ensinar a andar, e a olhar para cima e para dentro, e a Sermos, e a Amarmos, e à medida que nos Tornamos, a saber aceitar cada vez melhor, todas as suas nuances, até sermos Unos com ela!

Deixemos que a vida seja! J

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Música sem palavras, sons sem linguagem para a adjectivar... E cá dentro, apenas um sublime restolhar de emoções. Emoções desta e de outras vidas certamente, pois é antiga a saudade das cores, dos cheiros, da terra que pisei mas que não me lembro claramente.
E depois da surpresa, a expressão do que sinto, e depois... Apenas o Silêncio.


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Confiança


Viver com mais calma, não querer tudo logo, não querer desvendar todos os mistérios num primeiro olhar. Confiança, é o combustível para uma vida menos apressada. Confiança em cada passo, confiança que o que for importante virá, confiança que o que estamos a viver é o certo para nós, confiança em nós, confiança que os outros não vão deixar de nos amar só porque abrandamos, só porque caminhamos a um ritmo próprio e único.
Confiança no caminho, e em todos os que nos rodeiam com Amor e Cuidado, ainda que sejam invisíveis aos nossos olhos.
Confiança que não é por corrermos que chegamos mais depressa, e que não é por ansiarmos que tudo acontece. Confiança na Vida! No nosso processo de viver e crescer!

Eu confio, eu aprendo a confiar!