De dentro para fora. Desdobro as emoções com se fossem uma peça de roupa. Tento entender onde pertencem, o que tiram de mim, o que deixam em mim, o que me ensinam, o quanto me fazem sorrir ou chorar. E tantas vezes volto a enrolar tudo e a arrumar cá dentro, sem saber muito bem em que prateleira os colocar. E às vezes sinto que aqui, há um roupeiro cheio de roupa de estações anteriores, que já não servem para nada, amontoadas, desbotadas, mas às quais não consigo dar outro destino, que não seja a morada conhecida, cómoda e aquecida do meu coração. Acho que estou está a precisar, de uma daquelas chamadas limpezas de Primavera. Talvez a faça agora no Outono.
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