Eu sei o que está certo, sei que não posso controlar o rumo da vida das outras pessoas, nem da minha própria vida por vezes, sei que tudo tem um tempo certo para acontecer, sei que tudo é transitório e instável, mas há dias em que exaspero.
E resta-me escrever porque falar também já não posso, já disse tudo o que havia para dizer, chorar torna-se inútil e exigir está fora de questão. Mas guardar cá dentro uma chama a queimar-me, vai destruir-me por completo.
Porque quero mais, quero ir mais longe, quero contar. Quero coisas decididas, quero certezas e opções, quero preto no branco, pontos nos is, quero sonhos, quero planos, ainda que nunca se realizem. Não gosto do “chove não molha”, não tenho feitio para esperar por dias melhores, até porque não sei quantos dias tenho nesta vida.
Confesso que, contra tudo o que tenho aprendido e evoluído, às vezes tenho vontade de gritar, de espernear com força, porque o cansaço toma conta de mim, e a sensação de impotência me enerva.
Quero ir mais longe e não me deixam, e isso é triste! E não consigo calar essa tristeza dentro de mim! Por isso hoje grito! Escrevendo…
Só hoje, porque amanhã já vou voltar à minha paz e serenidade, e já vou saber tudo o que hoje também sei, mas que quero esquecer.
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