terça-feira, 4 de março de 2014


Acabou-se me mim toda a poesia, fechou-se em mim a janela que dava para o mar, secou em mim o rio de risos, que corria selvagem.
Agora as minhas palavras são o silêncio, os meus gestos são quietos, o meu sorrir tranquilo e tímido.
Aguardo no meu casulo de luz e sonho, aguardo parada, respirando paciente, sentindo o mundo através deste véu.
Aguardo o momento, o chamamento, a explosão de tudo o que se conteve, aguardo o momento de voar mais uma vez, livre e liberta de mais uma camada de sombra.

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