É tão fácil, nos identificarmos com a felicidade que nos
chega de fora. É tão fácil nos agarrarmos a ela, como a uma bóia salva vidas,
esquecendo a dor que nos marcou o peito a ferro e fogo. E no momento em que o
fazemos, já estamos a sair de nós, e a colocar no/s outro/s a responsabilidade
em continuar a alimentar essa fonte de alegria.
Identificarmo-nos com a felicidade atrasa-nos tanto, no
nosso caminho do Amor, quanto nos identificarmos com a tristeza. Tudo são
estados. Emoções. Tudo passa. E quando passa, que fazer? O que resta? Se nos deixarmos devastar, seja pela dor,
seja pela felicidade, o que restará para nos acolher, quando tudo terminar?
Viver intensamente o que quer que a vida nos apresente,
sabendo sempre, que tudo é efémero, e que tudo sem excepção, contém em si o seu
oposto, yin e yang, luz e sombra, alegria e tristeza, mantendo-nos alerta para
quem realmente somos. Mantendo-nos Presentes, Conscientes, recolhendo-nos ao
Silêncio, falando, escutando e dando espaço ao nosso Ser Interno, seja o que
for que nos estimule do exterior. Sendo sempre nós a nossa própria fonte
energética, não indo buscar aos outros, aquilo que somos capazes de criar e
dispensar a nós mesmos.
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