segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Deixem-me estar...


Hoje acordei com o cantos dos pássaros, em vez do despertador. Deixei-me estar… Senti os primeiros raios de sol, a vida a despertar, deixei-me estar… É bom acordar assim, em paz, e sem pressas, ignorando que tenho horários a cumprir.
Viro-me para um lado e para o outro, não penso em nada, oiço… Cheira a primavera lá fora! A cabeça continua vazia, quero aproveitar, porque há muitos dias que não acordava assim.
Não há nada a preocupar-me, sinto o ritmo da vida a correr na rua, o ritmo das outras vidas que se cruzam por acaso com a minha. Não quero saber… Vou ficar mais uns minutos.

Resolvo finalmente levantar-me porque o trabalho espera-me. Mas tudo com calma por favor, que hoje não quero um dia igual aos outros, não me apressem, não me obriguem a dizer por dizer, não me obriguem a acenar quando me apetecia dizer que não. Só não me obriguem…
Para que logo à noite eu possa deitar a cabeça na almofada e sentir que durmo sob as estrelas, ouvindo as árvores a agitarem-se ao vento, sentindo que a vida sossega, que o ritmo abranda. Para que logo à noite eu sinta que fui autêntica e única, que vivi o dia em harmonia com a minha natureza, para que à noite, com a cabeça vazia de pensamentos, eu possa sonhar com o mar e o sol, com as gaivotas a voarem livres e eu no meio delas, sem limites.

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